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Arquivo da categoria: Educação

Projeto de reorganização das escolas de São Paulo será adiado por um ano

Por: Brasil de Fato – Da Redação

Após mobilizações dos estudantes contrários à medida, governador suspende medida que fecharia 94 escolas.

ESTUDANTES

O Governador Geraldo Alckmin recuou com o projeto de reorganização do ensino estadual nesta sexta-feira (04). Em coletiva, o governante afirmou que irá adiar o processo durante um ano e que irá “aprofundar o diálogo” em 2016.

“Entendemos que devemos aprofundar o diálogo. Isso fecha um ciclo que permite a gente ajudar no ensino infantil. Vamos dialogar escola por escola. O ano de 2016, que será o ano de implantação, será o ano de aprofundar o diálogo. Alunos vão continuar na escola que já estudam, não haverá mudança”, disse Alckmin.

A decisão ocorreu após os estudantes, contrários à medida, ocuparem mais de 195 escolas no estado, além de realizarem atos e manifestações. O pronunciamento de Alckmin ocorre no dia em que o instituto Data Folha publicou uma pesquisa onde sua popularidade atingiu o menor nível nos dez anos.

Durante o pronunciamento, Alckmin leu uma frase do Papa Francisco. “Sempre que perguntado entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma solução sempre possível, o diálogo”. O Governador encerrou seu pronunciamento e não concedeu entrevista aos jornalistas presentes.

Repressão

No mesmo dia do anúncio do governador, a Polícia Militar reprimiu com bombas de gás lacrimogêneo estudantes que manifestavam contra o projeto de reorganização escolar na Avenida Faria Lima. A manifestação seguiu até a Avenida Paulista, onde sofreu mais repressão da PM, encerrando em frente à secretaria de educação.

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Publicado por em 04/12/2015 em Educação

 

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A dignidade ronda as escolas paulistas ocupadas

Postado: Brasil de Fato

No seus rostos está estampado o desejo de lutar pelo que lhes pertence, tal como está escrito no muro que recebe aos próprios estudantes e a jornalistas estrangeiros, como nós, em sua barricada de dignidade: “defendemos o que é nosso”.

 

Por Milena Perdomo, Colombia Informa

Fotos: Marcelo Aguilar, do Brecha (Uruguai)

Desde 9 de novembro, diversas escolas do estado de São Paulo vêm sendo ocupadas, e já são mais de 170 as que se encontram tomadas por crianças, jovens e professores. Em seus semblantes está o desejo de lutar por aquilo que lhes pertence, tal como diz o muro que recebe a eles e aos jornalistas estrangeiros, como nós, em sua barricada de dignidade: “defendemos o que é nosso”. Assim, acompanhamos um grupo de alunos em uma das escolas ocupadas na zona leste da cidade.

A Escola Estadual Salvador Allende é uma das 190 escolas tomadas em São Palo. Casualidade? Não, este é um nome apenas condizente com a luta digna deste grupo de 50 pequenos jovens que, não conformados só em ocupar a escolas, se dispuseram como grupo de apoio para as ações em toda a região.

Está localizada na periferia de São Paulo (Itaquera), na zona leste, a mais pobre e populosa da cidade. Seus estudantes são moradores do bairro; rebeldes, não submissos e organizados em meio a um contexto adverso de vigilância e criminalização.

Todas as decisões que tomam são consultadas em assembleias populares. Discutem quando, como, porque e para que ocupar as escolas. Os trabalhos são divididos de maneira justa. Não descansam um segundo. Contam com um esquema de controle para as entradas e saídas dos visitantes na escola. Só eles decidem quem os entrevista, fotografa, apoia nas decisões e assiste suas reuniões.

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Escola Salvador Allende, zona leste de São Paulo

A origem

Tudo se iniciou com o Decreto de Reorganização Escolar, emitido pelo governador do estado, Geraldo Alckmin, do PSDB, o principal opositor do governo atual, encabeçado por Dilma Rousseff, do PT. O decreto prevê o fechamento de pelo menos 94 escolas, prejudicando mais de 311 mil e 74 mil professores.

Um estudante do terceiro ano da Escola Estadual Fernão Dias disse ao Brasil de Fato, dias antes, que “a quantidade de pessoas que terão que mudar de escolas, muito distantes de suas casas, é muito grande”, acrescentou ainda que “a escola é um espaço para a formação política, não só para entregar trabalhos e fazer avaliações”.

E o governo estadual? Sua atitude é de silêncio e negação. Apenas em 19 de novembro manifestaram a “vontade” de suspender o decreto, gesto que os estudantes interpretaram como  uma estratégia de distração para que, ao chegar as férias de final de ano, se implemente a reorganização sem consulta popular. A proposta não prosperou.

Por outro lado, os pedidos do governo de Alckmin para a reintegração de posse das escolas ocupadas, foram negadas pela Justiça de São Paulo.

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A solidariedade

Thiago Pacheco pertence ao Levante Popular da Juventude, organização de jovens que integra a recente coalizão de movimentos populares, Frente Brasil Popular. Este coletivo popular, que está em todo o país, apoia os secundaristas, mas nas palavras de Thiago: “são eles os protagonistas”.

Para ele, se trata de ser solidário nas tarefas cotidianas como a limpeza das escolas, cozinha, o café. “Tentamos construir outro modelo de escola, porque acreditamos que isso é possível”, afirma.

Da mesma forma, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) doou mil litros de leite, 500 litros de suco de uva e mil caixas de achocolatado, provenientes das cooperativas da reforma agrária, como gesto de apoio ao movimento dos secundaristas.

Para a direção do MST, “é importante apoiar a organização social autônoma dos estudantes que, neste momento, estão dando aulas de consciência e mobilização na luta pelo direito à educação, que é uma bandeira de toda a sociedade. Nesse sentido, toda a solidariedade é necessária”, comunicaram em sua página na internet.

Nas redes sociais circulam vídeos, memes, fotos e textos que pessoas compartilham com entusiasmo. Em um desses materiais, um menino de 13 anos questiona um policial que tenta entrar na escola para fazer a reintegração. Até esta data o vídeo tem cerca de quatro milhões e meio de visualizações.

A esperança

“João” é um dos jovens que aposta tudo nesta mobilização. A escola vizinha à sua, a Salvador Allende, se tornou uma referência. Seus estudantes e docentes apoiam a ocupação e a resistência das escolas vizinhas.

A primeira tentativa de ocupar a Escola Estadual Salim Maluf, outro centro educativo vizinho, foi frustrada. Eram 21h em São Paulo quando um grupo de dez estudantes, que acompanhamos, tentaram quebrar os cadeados da porta principal. Imediatamente, um policial armado, que se encontrava próximo dali, abordou os pequenos.  Pouco a pouco fomos nos dispersando com o sentimento de tristeza pelo ocorrido.

Porém, “João” e os seus companheiros não se deram por vencidos. Ao chegar novamente à Salvador Allende reuniram um grupo de estudantes, todos valentes, em um salão do segundo andar. Tivemos o privilégio de assistir a uma assembleia que “João” liderava com o espírito de compromisso inabalado.

En la pizarra verde plasmaron el contenido de una hoja blanca que Juan cargaba en su bolsillo. Una línea, varios cuadros, otros símbolos: “Este es el mapa de la escuela”, señaló. Así iniciaron las hipótesis de cuál era la mejor forma de ocupar la Salim Maluf, contando siempre con el antecedente del factor sorpresa roto por la llegada de la Policía.

Na lousa verde escreveram o conteúdo de uma folha branca que João carregava no seu bolso. Uma linha, vários quadros, outros símbolos. “Este é o mapa da escola”, disse. Assim, iniciaram as hipóteses de qual era a melhor forma de ocupar a Salim Maluf, contando sempre com o fator surpresa da chegada da polícia.

Pela porta detrás, por alguma das três da frente, um pátio, outro mais. Portas, portões, muros. As opções eram múltiplas. O salão foi enchendo progressivamente e o primeiro grupo de dez estudantes e professores chegou aos 40, enquanto o debate se estendia até as 23h. Finalmente, a decisão foi de tomar a escola durante a madrugada, com um plano detalhado que contemplava desde uma ação de distração da polícia, até a quantidade e a maneira de dividir os alunos na ocupação.

“Falem um de cada vez, assim não conseguimos pensar, levantem a mão”, disse João, e em seguida deu respeitosamente a palavra a um professor: “Desculpe professor, agora pode falar”. O segundo, e assim sucessivamente para armar a lista de opiniões. A atitude dos estudantes é comovedora. Eles têm muito claro o que estão defendendo. E porque.

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Cresce o movimento

Por muitos cantos deste grande estado são os pequenos que alimentam a esperança popular e a mantêm com firmeza, muito além de si mesmos. Na delicada situação política que a América Latina atravessa, – enquanto os rejeitos tóxicos produzidos pelo rompimento da barragem de minério da empresa Vale em Minas Gerais enterram povos inteiros e chegam a desembocar no mar -, estes jovens encaram a esperança.

Por quê? Porque são um exemplo de rebeldia, que hoje é cada vez mais urgente. Cada vez são mais as escolas ocupadas em todas as partes da cidade, e cada vez são mais jovens os que creem na mobilizção como saída ao despejo.

Hoje, a coragem e a dignidade está ocupando 170 escolas em São Paulo, mas amanhã é possível que sejam muitas mais. E também é possível que a rebeldia se multiplique e ocupe outros lugares.

 
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Publicado por em 28/11/2015 em Educação

 

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Educação às avessas

Postado: Correio da Cidadania

Escrito por Maria Orlanda Pinassi

 

escolas ocupadas“ A coincidência da modificação das circunstâncias e da atividade humana só pode ser apreendida e racionalmente compreendida como prática transformadora”.

Marx.

Aqueles que perdem seu precioso tempo com arengas politicistas precisam ficar mais atentos à grande sintonia que se estabelece entre o Plano Nacional de Educação do Governo Federal e o Plano Estadual de Educação do Governo de São Paulo quando se trata de atender as urgências do capital. A título de um “necessário” ajuste fiscal, forjado para o pagamento da dívida pública, os governos de lá e de cá cortam, respectivamente, 10 bilhões de reais e 1,2 bilhão de reais do orçamento destinado à educação no início deste ano.

No caso paulista, o corte é coerente com a reestruturação/precarização praticada desde os tempos de Mário Covas e que, mais recentemente, resultou no fechamento de 3390 salas de aula, na demissão de 21 mil professores da categoria “O” e no aumento de 45 para mais de 60 alunos por classe – as salas do EJA (Educação para Jovens e Adultos) já apresentam um número de 100 alunos.

É flagrante, portanto, o aprofundamento da degradação imposta às condições de trabalho de professores e ao aprendizado oferecido aos alunos. Todos esses ataques ensejaram uma das mais longas e desgastantes greves de professores da rede pública de São Paulo (2015), que experimentaram amarga derrota frente às práticas crescentemente antidemocráticas do governo tucano.

Em setembro último, sem qualquer discussão prévia com os atingidos imediatos e sem fundamentar, pedagogicamente, a intencionalidade das medidas perante a sociedade, o governo não vai além dos argumentos tecnocráticos para comunicar o fechamento imediato de 94 escolas e outros tantos “rearranjos” sobre um número muito maior delas.

O destaque vai para o encerramento dos períodos noturnos e o deslocamento forçado de centenas milhares de estudantes pobres de todas as faixas etárias. As medidas seguem uma tendência de municipalização e sucateamento da educação pública que visa transferir a responsabilidade do ensino para o terceiro setor e posteriormente para as empresas privadas.

Ou seja, promover um amplo processo de privatização da educação em massa no estado, nos mesmos moldes do que já vem sendo feito com a saúde e os presídios.

No entanto, o quadro vem sendo amplamente divulgado – em muitos casos, manipulado – pelas redes, pelas mídias, pela imprensa.

O que pouco se percebe é que, neste exato momento, não seria absurdo dizer que a mais bem sucedida dupla de pedagogos do país atende pelos nomes de Geraldo Alckmin e Herman Voorwald. Isso porque, se num ato arbitrário, governador e secretário suprimem o direito constitucional à educação pública, ao mesmo tempo suspendem a normalidade alienante de uma política pedagógica imbecilizante, que não contempla sequer minimamente a expectativa e a capacidade intelectual dos seus alvos.

Atiram-nos num limbo de onde os estudantes encontram imensa razão para a luta. Aí é que, mobilizados em torno de uma causa institucional – a luta contra a supressão do direito de estudarem numa escola pública –, muitos jovens terão sua primeira experiência de agirem como sujeitos. Espaços serão criados para desenvolverem outras pedagogias críticas que a Escola sem política pretende lhes negar. Compreenderão o sentido da solidariedade pela luta do outro, como foi o caso de um grupo de estudantes em relação à greve dos trabalhadores da Usiminas.

Quando ocupam escolas confiscadas pelo Estado, enfrentam a truculência da repressão e descobrem, aos 14, 15, 16 anos de idade, que educação não se aprende somente na sala de aula. Ela pode e vem da liberdade de desobedecer e questionar a ordem adversa. Certamente, voltarão à normalidade, se ela for restabelecida, muito melhores e mais enriquecidos de como iniciaram essa luta que é deles e é de todos nós.

“Não tem arrego, você tira minha escola e eu tiro o seu sossego”.

“Não vim prá escola prá sair de camburão. Sou estudante, não sou ladrão”.

 
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Publicado por em 22/11/2015 em Educação

 

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POLÍCIA MILITAR DESOCUPOU A ESCOLA COM GRANDE VIOLÊNCIA, SEM MANDATO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

ESSE E O JEITO DO PSDB GOVERNAR!

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ATENÇÃO: AJUDEM A DIVULGAR

ALUNOS OCUPARAM A E.E.JOSÉ LINS DO RÊGO, NA ESTRADA DO M´BOI MIRIM (SÃO PAULO) NESTA MANHÃ DE SÁBADO E A POLÍCIA MILITAR DESOCUPOU A ESCOLA COM GRANDE VIOLÊNCIA, SEM MANDATO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, HÁ CERCA DE MEIA HORA.

A escola fica a menos de 1 km de onde moro, onde lecionei por 12 anos. Vários colegas que dão aulas na escola, além da minha irmã, acabaram de me ligar, indignados com a situação. Alguns estão machucados.

O professor de história Edvan tentou conter a PM que avançava sobre os alunos, apanhou muito da polícia e foi levado ao 47o. DP (Capão Redondo), todo machucado, onde se encontra preso.. Os advogados da Apeoesp já foram acionados.

Outra professora, de nome Flávia, que também dá aulas num colégio municipal próximo (o Carolina Rennó), está toda machucada.

A polícia militar está aproveitando que a imprensa e a sociedade estão com os olhos voltados para os atentados de Paris para desocupar as escolas com atos de violência, sem que seja noticiado. E ela está sendo bem mais violenta na periferia já que, ao contrário da Fernão Dias Pais (em Pinheiros), a violência não tem grande visibilidade.

Tudo indica que a mesma violência será utilizada com a E.E. Antônio Manoel, a 2 km da E.E. José Lins do Rego, ocupada também hoje pela manhã.

Peço a todos que divulguem esta informação, porque a PM está aproveitando o final de semana para usar de violência contra os alunos que ocuparam as escolas.

A informação é verídica. No momento, estou à caça de fotografias e vídeos para fazer a denúncia aqui no facebook e também no ministério público.

Se algum estudante tiver imagens e vídeos, favor postar.

 
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Publicado por em 15/11/2015 em Educação

 

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POLÍCIA MILITAR DESOCUPOU A ESCOLA COM GRANDE VIOLÊNCIA, SEM MANDATO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

ESSE E O JEITO DO PSDB GOVERNAR!

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ATENÇÃO: AJUDEM A DIVULGAR

ALUNOS OCUPARAM A E.E.JOSÉ LINS DO RÊGO, NA ESTRADA DO M´BOI MIRIM (SÃO PAULO) NESTA MANHÃ DE SÁBADO E A POLÍCIA MILITAR DESOCUPOU A ESCOLA COM GRANDE VIOLÊNCIA, SEM MANDATO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, HÁ CERCA DE MEIA HORA.

A escola fica a menos de 1 km de onde moro, onde lecionei por 12 anos. Vários colegas que dão aulas na escola, além da minha irmã, acabaram de me ligar, indignados com a situação. Alguns estão machucados.

O professor de história Edvan tentou conter a PM que avançava sobre os alunos, apanhou muito da polícia e foi levado ao 47o. DP (Capão Redondo), todo machucado, onde se encontra preso.. Os advogados da Apeoesp já foram acionados.

Outra professora, de nome Flávia, que também dá aulas num colégio municipal próximo (o Carolina Rennó), está toda machucada.

A polícia militar está aproveitando que a imprensa e a sociedade estão com os olhos voltados para os atentados de Paris para desocupar as escolas com atos de violência, sem que seja noticiado. E ela está sendo bem mais violenta na periferia já que, ao contrário da Fernão Dias Pais (em Pinheiros), a violência não tem grande visibilidade.

Tudo indica que a mesma violência será utilizada com a E.E. Antônio Manoel, a 2 km da E.E. José Lins do Rego, ocupada também hoje pela manhã.

Peço a todos que divulguem esta informação, porque a PM está aproveitando o final de semana para usar de violência contra os alunos que ocuparam as escolas.

A informação é verídica. No momento, estou à caça de fotografias e vídeos para fazer a denúncia aqui no facebook e também no ministério público.

Se algum estudante tiver imagens e vídeos, favor postar.

 
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Publicado por em 15/11/2015 em Educação

 

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Eles estão dando aula de cidadania, diz mãe de aluna que ocupa escola em SP

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Do lado de fora, uma mãe apreensiva se misturava aos manifestantes que foram até a Escola Estadual Fernão Dias, na zona oeste de São Paulo, para dar apoio nesta quinta (12) aos estudantes que ocupam a unidade desde terça-feira (10). Eles são contra o processo de reorganização das escolas da rede estadual anunciado pela Secretaria da Educação.

“Fico emocionada de ver os jovens se mobilizando. Eles estão dando uma aula de cidadania”, afirma Rosemary Segurado, mãe de uma aluna de 17 anos que está na ocupação. Segundo ela, isso não seria necessário se a proposta de reorganização tivesse sido construída em conjunto com a comunidade.

“Eu nunca imaginei que o jovem ocuparia as escolas e que o diálogo do governo seria este: cercar a escola com policiais. Isso é absolutamente desnecessário”, explica.

Nesta quinta, ela foi até o local para dar um beijo na filha, mas foi impedida por policiais militares. “É um absurdo eu não poder dar um beijo na minha filha”. A PM cerca a escola desde o início da ocupação.

Rosemary conta que seu coração está apertado, mas que ela apoia totalmente o ato da filha. “O temor não pode nos paralisar”, explica. Ela já conversou com a adolescente pelo celular e diz que a ocupação está tranquila. “Minha filha diz que a escola está impecável. Às vezes fica até difícil de falar com ela, porque eles estão em assembleia permanente. Eles estão fazendo comida, estão se virando”, conclui.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/11/12/eles-estao-dando-aula-de-cidadania-diz-mae-de-aluna-que-ocupa-escola-em-sp.htm

MAPA DAS OCUPAÇÕES: https://www.google.com/fusiontables/DataSource?docid=1RU3hf_C1B5RdCr3dfrOz8Z4vG2i_81rOR_f8r2nI#map:id=3

PARA ACOMPANHAR A MOVIMENTAÇÃO: https://www.facebook.com/mal.educado.sp

 
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Publicado por em 14/11/2015 em Educação

 

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Nota da Intersindical em apoio às ocupações nas escolas estaduais

INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora

Na noite desta terça-feira (9) as escolas da rede estadual de São Paulo E.E. Fernão Dias Paes, no bairro de Pinheiros (SP), e a E.E. Diadema, localizada no distrito de Diadema, foram ocupadas por estudantes, professores e pais que protestam contra a chamada “Reorganização Escolar”, promovida pelo Governo Geraldo Alckmin (PSDB).

A Intersindical Central da Classe Trabalhadora apóia totalmente a iniciativa dos estudantes, professores e pais ocupados em ambas as instituições de ensino, contra mais este capítulo autoritário de um governo estadual que há 20 anos desmonta a educação pública em prol de um projeto neoliberal para incentivar a privatização do ensino.

Não há legitimidade em um projeto imposto sem que tenha sido feito debates com educadores, estudantes e pais, sujeitos que vivem cotidianamente a dinâmica das escolas. Ao contrário do secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald, e do Governador Alckmin.

Mais uma vez presenciamos concretamente a política do estado que não investe em educação e depois manda prender e matar quem cai na marginalidade. Não admitiremos que este projeto, tirado da cartola para mascarar um ajuste fiscal, afete a vida de mais de 1 milhão de pessoas no estado.

O que São Paulo precisa é de mais escolas abertas, maiores investimentos na educação e serviços públicos para a população e menos cadeias.

Todo apoio aos estudantes secundaristas, professores e pais em luta por um ensino público e de qualidade!

Não à reorganização! Contra este ajuste fiscal irresponsável!

Se fechar a gente vai ocupar!

Diadema01

E.E. Diadema

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E.E. Fernão Dias

 
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Publicado por em 12/11/2015 em Educação

 

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Professoas e Professores da rede Municipal de Osasco aprovam a RATIFICAÇÃO DE FUNDAÇÃO DO SINPEMOR

PROFESSORES/AS DE OSASCO,

Sinpemor

Depois da fundação do SINPEMOR em 1999, há 15 anos trava-se uma luta pelo direito desta ser a entidade representante dos Professores Municipais de Osasco, pois somos de uma categoria profissional diferenciada e temos necessidades tão específicas que é nosso direito nos organizarmos como um Sindicato de Professores/as.

Neste ano de 2015, o Ministério do Trabalho e Emprego finalmente acatou nosso pedido de representatividade, pois reconheceu que um Sindicato Público não pode impugnar outro Sindicato Público e por meio de ofício determinou que o SINPEMOR realizasse uma Assembleia de RATIFICAÇÃO DE FUNDAÇÃO DO SINPEMOR, seguindo-se todo um regramento pré-estabelecido.

Hoje foi realizada esta Assembleia de RATIFICAÇÃO DE FUNDAÇÃO DO SINPEMOR com todo o sucesso!

Obrigado a todos que durante estes 15 anos continuam a acreditar na construção do SINPEMOR como instrumento de luta em defesa dos professores e de uma Educação Pública de Qualidade!

Mesmo sem a Carta Sindical o Sinpemor sempre esteve na luta e organização dos professores pelos reajustes de salários,  por melhores condições de trabalho, na criação do Movimento Zero por Cento para pressionar a administração de Osasco a  repor a inflação e aumento real nos salários dos professores  e conseguiu na justiça o pagamento do 1/3 da jornada para a categoria.

O  Sinpemor mesmo sem a Carta Sindical vem construindo a Intersindical Central da Classe Trabalhadora e tem orgulho de ter na direção da Central a Presidente do Sinpemor a companheira Márcia Tavares.

 

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ASSEMBLEIA DE RATIFICAÇÃO DA FUNDAÇÃO DO SINPEMOR

SINDICATO DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO MUNICIPAL DE OSASCO

Assembleia de ratificação do Sinpemor 18 Outubro 2015 (7)

No dia 18 de outubro de 2015, depois de 15 anos de insistência, foi realizada a Assembleia de Ratificação da Fundação do SINPEMOR, exigência do Ministério do Trabalho e Emprego que reconheceu o que o SINPEMOR diz desde dezembro de 1999: OS PROFESSORES TEM O DIREITO DE TER SEU PRÓPRIO SINDICATO, ENQUANTO CATEGORIA DIFERENCIADA.

Com apenas um voto contrário, os demais professores presentes referendaram a ratificação da fundação do SINPEMOR, como entidade representativa da classe docente!

Essa é uma grande vitória para os professores municipais de Osasco!

Depois de longa espera de 15 anos, os professores a partir de agora poderão contar com uma representação que de fato destine suas ações para a concretização dos direitos estabelecidos em lei.

É com um enorme prazer que comunicamos que o SINPEMOR se reafirma como importante instrumento de luta, em busca dos direitos que Administradores Públicos insistem em não respeitar!

Nossa sede social está localizada na Rua Antonio Biscuola, nº 6, Osasco-Centro (travessa da Avenida João Batista).

Venha tomar um café conosco! Filie-se ao SINPEMOR, e ajude a torná-lo forte na luta.

 

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Plano da FGV rejeitado integralmente pelos professores da rede municipal de Barueri

Fonte: Jornal da Rede – Siproem

O Plano de Carreira elaborado pela Fundação Getulio Vargas ( FGV ), encomendado pela Prefeitura Municipal de Barueri tem a finalidade de atender o Plano Nacional de Educação ( PNE ). A prefeitura contratou a FGV, a mesma fundação que elaborou o plano de carreira de outras cidades que serviu apenas para prejudicar a categoria. Foi necessário muita luta e trabalho para convencer as prefeiturasda necessidade de mudar os planos de carreira , pois o que apresentado pela FGV não foi bom nem para a administração.

O prefeito Gil Arantes pagou uma fortuna por um plano que o Sindicato faria de graça. O SIPROEM – Sindicato dos Professores das Escolas Municipais de Barueri e Região Filiado a Intersindical Central da Classe Trabalhadora propôs um plano alternativo que deveria. pelo menos ser levado em consideração pela FGV. Porém as propostas, principalmente sobre a evolução funcional foram ignoradas pela FGV.

A história de plenárias para discutir o plano de carreira é um artifício utilizado pela fundação para se eximir dos transtornos que virão e justificar o valor cobrado pelo “ desserviço”  prestado para a municipalidade e aos professores. Na verdade tudo que foi feito até agora pela FGV não traduz os anseios dos professores, que buscam garantir seus direitos e elevar a qualidade do ensino no município que está jogado às traças. O prefeito de Barueri contratou a FGV a peso de ouro com a missão de elaborar um documento que sirva somente aos interesses da administração. Nos municipios em que essa empresa atuou houve achatamento salarial, sucateamento das escolas , não houve evolução profissional e, pior, aumento do assédio moral. Se o assédio moral já é uma realidade em nossas escolas, imaginem como será depois de aprovada a Lei. por tudo isso, devemos ejeitar integralmente esse plano de carreira.

O fato é que a FGV depois de receber seu dinheiro vai embora, deixando para trás todos os problemas que o seu “trabalho” acarretará à categoria. O SIPROEM sequer é recebido pelo prefeito, daí a dificuldade de expor o ponto de vista do sindicato. Devido à intransigência da administração teremos que ir às ruas e dizer NÃO a esse governo que tenta através dessa lei tomar para si o destino de nossas vidas. Da forma como está posto não haverá progressão para a maioria dos professores e aumento de salários , pode esquecer! Se hoje o prefeito Gil Arantes não repõe sequer a inflação, como será com o plano de carreira em vigor?

Dia 15 de Outubro – DIA DOS PROFESSORES SERÁ NA RUA!

O SIPROEM – Sindicato dos Professores das Escolas Municipais de Barueri e Região Filiado a Intersindical Central da Classe Trabalhadora    realizou no dia 15 de Outubro um ato assembléia em frente a prefeitura para comemorar o dia dos professores e professoras e também para protestar  contra a administração do prefeito Gil Arantes do DEM pelo descaso  na educação da cidade de Barueri.

Contou com a presença dos professores e professoras e com o grupo de jovens ARTE NA LATA que se apresentou com sua arte na lata  e depois o presidente do Siproem Ademir Segura iniciou a assembléia falando do plano de carreira e de como a administração do prefeito trata a educação na cidade de Barueri. Após várias falas da direção do Siproem e dos professores presentes, os professores sairam em caminhada pelo Centro de Barueri  para denunciar o prefeito para a população de como anda a educação na cidade e terminando com votação dos professores de realizar outras lutas na cidade.

Veja fotos do Ato – Por Carlos Roberto Kaká

 
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Publicado por em 16/10/2015 em Educação

 

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